terça-feira, 27 de dezembro de 2011

MEMÓRIAS - CAPÍTULO 6

MEMÓRIAS
CAPÍTULO - 6 (ERRATA)
Ontem, eu escrevi nos primeiros parágrafos do capítulo que meu pai estava exercendo a profissão de advogado, quando meu primo o procurou. Desculpem o lapso, meu pai estava era querendo exercer a profissão, isso sim. Nesta época, ele trabalhava como gerente de venda de peças na CREVAC, a revendedora da Ford, que tinha sede no centro de Montes Claros. Hoje é templo da Igreja Universal.
Pois bem, viemos para o Paraná, três ou quatro dias enfiados dentro de um ônibus. Quando chegamos, meu primo nos pegou e levou para Campina da Lagoa. Cara, que mundo diferente. As casas daqui, eram de madeira, sendo que eu só conhecia casa de tijolos. Moramos os primeiros dois meses, em frente à delegacia de polícia da cidade. O pior, é que quando chegamos, começou a geada de 83, aqui no Paraná. Meu Deus, passamos um frio do cão. Nunca tinha visto temperatura tão fria, miserável e desgraçadamente, quase congelamos aqui. Eu tremia do começo ao fim do dia, e de noite, pra dormir, era todo mundo junto. Que ódio, meu Deus.
Na escola,e u era o garoto de fora, o garoto que falava engraçado, o gordinho que todo mundo adorava tirar um sarro. Acho que sempre é assim, quando se vem de um lugar onde a nossa fala e o jeito de agir são totalmente diferentes. Até hoje, não me adapto ao jeito paranaense de flaar, aos costumes daqui. Algumas coisas, principalmente na área de gastronomia, a gente até aprecia, mas outras, não dá mesmo.
Tinham os filhos do doutor Rainoldo, com quem meu pai começou a trabalhar como advogado, eram legais. Mas não eram minha turma, eram sulistas. Eu sempre me sentia diferente. Minha irmã se adaptou bem aqui, eu não.

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