sábado, 24 de dezembro de 2011

MEMÓRIAS - CAPÍTULO 4

MEMÓRIAS
CAPÍTULO - 4
Uma das minhas lembranças mais fortes da minha infância, era meu cachorro, Mickey. Era um capa preta, a coisa mais linda. Me lembro quando meu pai trouxe ele, protegido numa oalha. Brincamos o dia inteiro. Mas pense num bicho que foi crescendo rápido, que se tornou um cachorrão forte e brabo?
Quando ele ficou um pouco maior, a coisa entornou. Meu pai tinha chego em casa num dia de chuva (raros em Montes Claros), e para perder o dinheiro do pagamento, tirou a calça onde tinha guardado, em cima da mesa da varanda. O meu querido Mickey, muito do brincalhão, resolveu pegar a calça, encontrar o dinheiro e rasgar tudo. Meu pai ficou uma arara, não deu pra salvar nada do dinheiro. Meu pai pegou uma escolha de banho e bateu na boca do cachorro com um ódio mortal. O cachorro, desde aquele dia, nunca mais pode sequer ouvir a voz do meu pai. Pegou nojo.
Quando viemso embora para o Paraná, o coitado ficou na casa dos meus avós, morreu velho depois. Eu fiquei sabendo aqui no Paraná, e fiquei um bocado triste, pode ter certeza.

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