terça-feira, 29 de novembro de 2011

CONCURSO PÚBLICO


Estava quente, abafado, como se fosse um forno microondas. Ele estava olhando para o relógio, dentro de meia hora, os portões iriam abrir. Ao seu lado, várias outras pessoas. Todos jogando suas esperanças neste concurso. Era a chance de uma vida estável, de um salário fixo, alguns benefícios, garantir a vida. Igual a ele.
Formara-se em letras há mais ou menos um ano, precisava de um fixo, precisava sobreviver. O casamento estava chegando, a noiva queria casar no próximo ano.
Estudou tanto, era hora de começar a ganhar. Mas a concorrência é sempre tão grande, tão desesperadora. Bom, agora estava ali, não ia voltar atrás.
Um funcionário apareceu, abriu o portão. Entraram, era hora de começar. Fosse o que Deus quisesse.

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