quarta-feira, 23 de novembro de 2011

CASAMENTO À MODA DO SÍTIO

CASAMENTO À MODA DO SÍTIO


Essa, meu avô contou para mim há muitos anos,  e eu nunca esqueci. Quem nasceu no interior de Minas Gerais, Bahia, e demais estados do norte e do nordeste, já deve entender do que eu estou falando. No interior, o casamento é bem mais engraçado.
Bem, era o casamento de um rapaz chamado Epaminondas (nome inventado), se enamorou de uma moça chamada Isoldina. Tudo certo, namoro depois de quatro anos, noivado durando dois. Marcaram a data de casamento. Foi chamado o melhor sanfoneiro da região, mataram um boi, um leitão, comida que dava para alimentar umas cem pessoas durante dois ou três dias. Após a cerimônia de casamento, foram os dois para a fazenda do pai da noiva, coronel Altamirando. Foram os dois num carro de boi enfeitado, a procissão de convidados. A festa começou cedo, o sanfoneiro mandou um forró de primeira na sanfona, a comida farta servida. Foi quando a esposa de coronel Altamirando foi falar com o marido:
- Altamirando, estamos com um problema. Sumiram com a colher para servir o arroz.
- E isso é problema mulher? Manda a Inocência servir com a mão mesmo. Oxe.
A mulher deu de ombros. Chamou a cozinheira, e mandou servir na mão. A tarefa de servir o arroz ficou à cargo de Coriolano, o faz-tudo da fazenda. Coriolano metia a mãozorra no panelação de arroz e ia servindo o povo. E entre um prato e outro de arroz, ainda apertava a mão de algum conhecido.
Assim era um casamento no interior da Bahia. E antes que os mais frescos digam que é nojento, naquele tempo o povo fazia isso e não morreu ninguém rssrs.

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