quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

UMA CONVERSA

UMA CONVERSA


Lá estava ela no bar, bebia uma cerveja gelada. Ele caminhou entre as mesas e sentou-se diante dela.
- Desculpe o atraso, eu peguei um trânsito terrível.
- Tudo bem.Eu fiquei feliz porque você me convidou.
- Pois é, eu queria conversar com você faz tanto tempo... E ficava sem jeito.
Ela pousou sua mão sobre a dele delicadamente.
- Não precisa ficar nervoso, eu gostei sim. Só achava que você não gostava de mim.
- De onde você pensou isso? Eu sempre quis falar com você, mas você sempre tão bonita, os outros rapazes do escritório sempre perto de você. Eu naõ sou exatamente um galã, né?
Ela sorriu, mostrando um sorriso lindo, bem caloroso.
- Não é disto que eu estou interessada, eu quero um homem que me complete, que seja um homem pra mim, entendeu? É fácil um cara se mostrar um garanhão, metido à gostoso, mas compartilhar algo com alguém, coisas da vida, um relacionamento é tão difícil, você não acha?
- Acho que você tem razão. Eu, ... bem, já que estamos sendo francos, eu sempre admirei você, sua beleza, sua delicadeza. Fiquei muito contente e surpreso, por você aceitar, por sua delicadeza.
- Imagina, como eu te disse, eu preciso de um homem. E você, sempre tão simpático, tão educado comigo. Se você soubesse o quanto a gente aprecia um pouco destas qualidades.
- E do que você gosta mais?
- Ah, sair, assistir um bom filme, andar de mãos dadas. Você sabe, coisas que uma moça normal gosta. E você?
- Ah, eu gosto de ler, assistir um bom filme também. Eu gosto de um bom restaurante de vez em quando. Sei lá, coisas normais também.
Conversaram um pouco mais de duas horas. Na hora de ir embora, ele a acompanhou até sua casa. Despediram-se com um beijo que mais parecia um leve roçar de lábios. Ele dentro do carro, sentia-se um passarinho, o sorriso de orelha à orelha. Nunca seu coração bateu tanto.
Quando o carro dele dobrou a esquina, ela entrou no prédio. Subiu de elevador até o seu próprio andar. Quando entrou no apartamento, seu namorado estava deitado, assistindo tv. Se levantou quando a viu e a beijou.
- E aí, o pato caiu na conversa?
- Caiu bonitinho, neste papo de mocinha recatada. Já já ele vai comer na minha mão. Cê vai ver gostoso, vou subir na firma com aquele otário me dando corda. A gente vai viver nas boas graças à ele.
Ambos riram.

Nenhum comentário:

Postar um comentário